segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Os valores

1) "Os valores não constituem um mundo de objectos que exista independentemente do mundo dos objectos reais, só se dão na realidade – natural e humana – como propriedades valiosas dos objectos desta realidade. Os valores requerem, por conseguinte – como condição necessária – a existência de certas propriedades que consideramos valiosas. Porém, as propriedades reais que sustentam o valor, e sem as quais este não se daria, só são valiosas potencialmente. Para se actualizarem e se converterem em propriedades valiosas efectivas, é indispensável que o objecto se encontre em relação com o homem social, com os seus interesses e necessidades. "
A. Sanchez

Tendo o texto como referência discuta a subjectividade/objectividade dos valores.



2) "Todo o valor é inseparável de uma actividade de selecção que, mesmo que ela só tenha sentido para nós, opera distinções entre diferentes formas do real segundo o seu grau de afinidade ou parentesco connosco. Só há valor onde a parcialidade se começa a introduzir no real. O valor é um partido assumido."
L. Lavelle


Comente o seguinte extracto do texto: "Só há valor onde a parcialidade se começa a introduzir no real. O valor é um partido assumido."



3) "Os valores não constituem um mundo de objectos que exista independentemente do mundo dos objectos reais, só se dão na realidade - natural e humana - como propriedades valiosas dos objectos desta realidade. Os valores requerem, por conseguinte - como condição necessária - a existência de certas propriedades que consideramos valiosas. Porém, as propriedades reais que sustentam o valor, e sem as quais este não se daria, só são valiosas potencialmente. Para se actualizarem e se converterem em propriedades valiosas efectivas, é indispensável que o objecto se encontre em relação com o homem social, com os seus interesses e necessidades."
A. Sanchez


Tendo o texto como referência, discuta a questão da objectividade e subjectividade valores.




4) "Nem o objectivismo nem o subjectivismo conseguem explicar satisfatoriamente a maneira de ser dos valores. Estes não se reduzem às vivências do sujeito que avalia, nem existem em si como um mundo de objectos independentes cujo valor se determina exclusivamente pelas suas propriedades naturais objectivas. Os valores existem, para um sujeito, não no sentido de um mero indivíduo, mas de ser social; exigem também um suporte material, sensível (seja objecto, uma acção, um costume ou uma instituição) sem qual não tem sentido.
É o Homem – como ser histórico e social e com a sua actividade prática – que cria os valores e os bens nos quais se encarnam, independentemente dos quais só existem como projectos ou objectos ideais. Os valores são, pois, criações humanas, e só existem como projectos ou objectos ideais. Os valores são, pois, criações humanas, e só existem e se realizam no Homem e pelo Homem.
As coisas não são criadas pelo Homem (os seres da natureza) só adquirem um valor entrando numa relação especial com ele, integrando – se no seu mundo como coisas humanas ou humanizadas. As suas propriedades naturais, objectivas, só se tornam valiosas quando servem para fins ou necessidades dos homens e quando adquirem, portanto, o modo de ser peculiar de um objecto natural humano.
Os valores então, possuem uma objectividade especial que se distingue da objectividade meramente natural ou física dos objectos que existem ou podem existir independentemente do Homem, como anterioridade à – ou à margem da – sociedade (…) É uma objectividade especial - humana, social – que não de pode reduzir ao acto psíquico de um sujeito individual nem tão pouco ás propriedades naturais de um objecto real. Trata-se de uma objectividade que transcende o limite de um indivíduo ou de um grupo social determinado, mas que não ultrapassada o âmbito do Homem como ser histórico – social (…) Existem, assim, objectivamente, isto é, com uma objectividade histórico social. Os valores, por conseguinte, existem unicamente num mundo social, isto é, pelo Homem e para o Homem."
Adolfo Sanchez, Ética.


Tendo o texto como referência discuta a objectividade/subjectividade dos valores.



(Retirado do site Netprof)

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