quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Estrutura da consciência moral


A consciência moral possui uma estrutura:

- complexa - porque constituída por elementos de diferentes níveis do nosso psiquismo.

- evolutiva - porque vai amadurecendo em função dos resultados da acção e das suas próprias experiências.

- dialéctica - porque os seus elementos interagem uns com os outros, intensificando-se ou inibindo-se, e porque os sentimentos e raciocínios pessoais se constituem em função das pressões e normas sociais.


Ela é simultaneamente pessoal e social, sendo algo de interior, de subjectivo, de íntimo, possui também uma dimensão comunitária dado que resulta, em parte, de um processo de interiorização e de assimilação das normas sociais. Mas uma vez constituída motiva igualmente comportamentos sociais positivos. Suponhamos que não possuíamos consciência moral. Como poderíamos coexistir com outras pessoas? As relações sociais seriam então reguladas somente pela força, pela violência, pela agressão, etc. Seria possível viver assim? E se fosse, valeria a pena viver num tal ambiente de guerra e de violência? É óbvio que a espécie humana não subsistiria durante muito tempo nessas condições.

Parece então que VALORES, como LEI, ORDEM, CONTRATO, RESPEITO MÚTUO, TOLERÂNCIA, têm de ser reconhecidos como algo que vale a pena respeitar.

Mas para serem respeitados, "reconhecidos" tem de haver um mínimo de consciência moral que os aceite como valores e que guie a acção humana em função deles.

A consciência moral faz de nós agentes morais ou pessoas. È porque podemos livremente optar por fazer isto ou aquilo, que podemos ser responsabilizados pelas consequências dos nossos actos.

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