sexta-feira, 31 de julho de 2009

Até logo ...

Até logo ou até sempre ... sei que não gostam de despedidas e eu também não ... por isso quero ficar com a recordação dos vossos sorrisos na minha memória!
Adorei trabalhar, sorrir, chorar, partilhar convosco cada dia ... por isso isto não é um Adeus mas um Até logo, estarão sempre no meu coração!

sábado, 16 de maio de 2009

Ficha de Revisões


1.

Elabora uma síntese acerca da resposta aristótelica à questão "O que legitima a autoridade do Estado?"

2.

a)Estabelece a distinção entre estado natural e social.

b) Na tua óptica quais são as vantagens e desvantagens do contrato social.

3.

a) Define Estética.

b) Qual a diferença entre juízo estético e de gosto.

c) Apresenta a teoria de Kant acerca do juízo estético.

d) No que consiste a experiência estética?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Teoria da equidade de Rawls


“Como é possível uma sociedade justa?”Rawls propõe-se indagar sobre os direitos e desenvolver uma teoria sistemática e global da justiça.Começa por defender o primado da justiça, uma concepção pública e aceitável de justiça constitui a regra fundamental de qualquer sociedade humana bem ordenada.O que é uma sociedade justa?Como é possível uma sociedade justa?O objectivo de Rawls é apresentar-nos uma concepção de justiça, partindo da ideia de contrato social. Os princípios de justiça formam a base desse acordo e emergem daquilo que se designa por posição original.A posição original deve ser concebida como uma situação imaginária, a partir da qual são definidos os princípios da justiça. Nesta situação é-nos pedido que, sob um véu de ignorância ( como se desconhecêssemos o nossso lugar na sociedade) aprovemos os princípios para avaliar as relações entre os homens e as instituições.A sociedade é um conjunto de pessoas que admitem um grupo de regras que oriente as suas relações. As pessoas consideram necessária a admissão de alguns princípios de justiça (universais). Sendo universal, a justiça terá que possuir um carácter contratual e social.Preocupações de Rawls:Estrutura básica da sociedade e para o modo como devem distribuir-se os direitos e os deveres.Bem- estar colectivo – aposta na descoberta de princípios que governem a vida social e política.Defende que toda a organização social se deve apoiar numa teoria de justiça, pelo que a repartição de deveres e direito (Imparcialidade).


Concepção de equidade:
Igualdade - Conjunto de liberdades fundamentais (liberdade política; expressão; consciência; etc.)
Diferença – Protecção civil e à distribuição de benefícios (riqueza, emprego, responsabilidade, posições sociais).

domingo, 22 de março de 2009

As relações entre Ética, Direito e Política

Foto retirada de http://olhares.aeiou.pt


"Na sua discussão com Sócrates (Górgias platónico), Cálicles afirma que a primeira "lei" da Natureza diz que os mais fortes e inteligentes têm o direito a dominar os outros homens e a possuir as maiores riquezas, motivo pelo qual considera "anti- naturais" e por isso "injustas", as leis democráticas que estabelecem a igualdade de direitos na polis , as quais protegem os fracos e difundem uma moral semelhante à de Sócrates, segunda a qual é preferível sofrer uma injustiça a provocá-la. Hoje em dia não faltam cientistas sociais ou políticos que dão razão mais ou menos explicitamente a Cálicles, em nome da teoria da evolução das espécies de Charles Darwin , se a Natureza vai seleccionando os indivíduos mais aptos de cada espécie ( e as espécies mais aptas entre as que competem por um mesmo território) através da "luta pela vida" que elimina os mais frágeis ou os que se adaptam pior às circunstâncias ambientais, não deveria a sociedade humana fazer o mesmo e deixar que cada um mostrasse o que vale, sem levantar os caídos e subsidiar os aleijados? Assim a sociedade, funcionaria de modo mais "natural" e favorecer-se-ia a multiplicação da raça impiedosa mas eficaz de trituradores...No entanto, estes Cálicles modernos não leram com atenção suficiente Charles Darwin. (...) Segundo ele, foi a própria selecção natural que favoreceu o desenvolvimento dos instintos sociais- em especial a "simpatia" ou a "compaixão" entre semelhantes - nos quais se baseia a civilização humana, este facto é êxito vital da nossa espécie. Para Darwin, é a própria evolução natural que leva à selecção de uma convivência que aparentemente contradiz a função da "luta pela vida" noutras espécies, mas no entanto apresenta vantagens já não de ordem meramente biológica mas social. Ao contrário do que supõem Cálicles e os seus discípulos, o que nos torna "naturalmente" mais fortes como conjunto humano é a tendência instintiva para proteger os indivíduos frágeis ou circunstancialmente desfavorecidos face aos biologicamente fortes. A sociedade e as suas leis "artificiais" são o verdadeiro resultado "natural" da evolução da nossa espécie! De modo que o "antinatural" para nós será voltar a cair na "luta pela vida" pura e crua, na qual prevalece a simples força biológica ou os seus equivalentes modernos: por exemplo, a habilidade de uns quantos para acumular nas suas mãos os recursos económicos e políticos que deveriam ser distribuídos de forma socialmente mais equilibrada."
Fernando Savater, As Perguntas da Vida, Publicações D. Quixote, pp. 175- 177.


Sugestões de análise do texto:

- Qual o tema central abordado no texto de Fernando Savater?

- Qual a tese defendida pelo autor?

- Quais os principais argumentos utilizados pelo autor no sentido de defende a sua perspectiva?

- Esclarecer a importância que desempenha a dimensão ético - política para a existência humana.



1 Filósofo grego do século V ª C, mestre de Platão e personagem principal dos seus inúmeros diálogos. A sua filosofia reflecte sobre o Homem, enquanto ser social e político e enquanto sujeito de conhecimento e de moralidade. Para Sócrates O Homem é um ser dotado de capacidade racional que o torna capaz de conhecer a verdade e de orientar as suas acções por princípios universais racionalmente definidos. Assim, para Sócrates, é o pensamento (razão) que deve orientar a vida, daí a importância da Filosofia. 2 É um dos Diálogos de Platão, de que Sócrates e Cálicles são personagens. Neste diálogo discutem-se os diferentes modos de pensar e de realizar a organização política das sociedades e as leis que devem orientar a vida social. Estas concepções implicam uma tomada de posição sobre o que é O Homem e qual da finalidade da vida. 3 Cidade Estado da Grécia antiga.4 Charles Darwin, naturalista e biólogo inglês (1809- 1882) autor da teoria da evolução das espécies. Ou evolucionismo.


(Retirado do site Netprof)

terça-feira, 17 de março de 2009

O problema da eutanásia

Imagem retirada da net


Será a eutanásia eticamente permissível? Quando se discute este problema é preciso distinguir diversos tipos de eutanásia. A distinção entre autanásia activa e passiva, é uma delas. Imaginemos, por ex., um médico confrontado com um doente terminal em grande sofrimento. Se o médico lhe injectar uma substância letal para pôr fim ao seu sofrimento, estará a praticar eutanásia activa. Mas praticará eutanásia passiva se a morte do doente resultar da sua opção de suspender certos tratamento. No 1º caso, o médico mata o doente; no segundo, limita-se a deixá-lo morrer. Será esta diferença moralmente relevante?

O utilitarista pensa que não. Ele acredita que, como só interessam as consequências das nossas opções, não há diferença importante entre actos e omissões, isto é, entre aquilo que fazemos acontecer e aquilo que deixamos acontecer. Por isso, pensa ele, não faz sentido condenar absolutamente a eutanásia activa, afinal tanto uma como a outra têm essencialmente as mesmas consequências. Não há qualquer razão para levar em conta o simples facto de a primeira resultar de um acto e a segunda de uma omissão.

Já um deontologista pode condenar a eutanásia activa mas aceitar a eutanásia passiva. Para ele a diferença entre actos e omissões é muito importante, pois temos deveres que proíbem a realização de certos actos. Temos o dever de não assassinar e o médico que realiza o acto de matar praticando a eutanásia ctiva está claramente a infringir esse dever, mas o mesmo não sucede com o médico que opta pela eutanásia passiva, deixando morrer o seu doente. Muitos deontologistas condenam os dois tipos de eutanásia, mas mesmo assim consideram a activa mais grave do que a passiva. Os utilitaristas, pelo contrário, tendem a aprovar a eutanásia, pois vêem-na como uman maneira de pôr fim ao sofrimnto. Defendem até que a eutanásia activca é mais humanitária do que a passiva, pois esta evita que o sofrimento do doente se prolongue desnecessariamente.

Por outro lado, imagenemos um médico perante um doente terminal em grande sofrimento, mas suponhamos agora que este opta por lhe administrar quantidades cada vezx maiores de uma substância analgésica, sabendo que na esmagadora maioria dos casos ela acba por provocar a morte. Para um deontologista que se opõe à eutanásia, é fundamental determinar a intenção do médico. Está o médico a tentar matar a dor do doente? Ou está a tentar matar o doente? O que pretende ele? Supondo que o paciente acaba por morrer devido à substância analgésica, o modo como o deontologista avaliará a conduta do médico depende da resposta a esta questão. Caso o médico tenha pretendido matar o paciente, o seu acto foi profundamente errado: foi um acto de assassinar uma pessoa inocente. Mas caso a intenção do médico tenha sido aliviar a dor do paciente, então um exame cuidado dos factos pode revelar que procedeu bem.

Para o utilitarista, pelo contrário, não é importante saber qual foi ao certo a intenção do médico. Numa situação do tipo estamos a considerar não há qualquer diferença moralmente significativa entre os dois actos, pois t~em as mesmas consequências.

(Texto adaptado do livro A Arte de Pensar, Filosofia 10º ano)

As características da noção de pessoa

Imagem retirada da net


"O termo "pessoa" designa o ser humano enquanto sujeito moral. E ser um sujeito moral significa possuir consciência moral, isto é, ser capaz de discriminar claramente entre o que é o bem e o que é omal, o queé justo e o que é injusto, o que deve e o que não deve fazer.

E. mounier desenvolve a sua concepção de pessoa a que atribui os seguintes traços caracterizadores:

1º Singularidade - As pessoas têm uma realidade interior que as faz ser aquilo que são. Para além do aspecto físico e dos comportamentos que executam e em que manifestam influências da exterioridade social, cada ser humano tem uma identidade, istoé, um núcleo substantivo particular e permanenete que constitui propriamente o seu eu. É esta singularidade ou identidade que distingue cada pessoa de todas as demais.

2º Dignidade - A pessoa é um valor incomensurável. Ela ocupa o lugar cimeiro no conjunto dos seres do universo, não se submetendo em dignidade a nenhum deles. Diferentemente dos outros seres, que apresentam graus relativos de valor, a pessoa é a mais elevada forma de existência e tem valor absoluto.

3º Liberdade - Ser homem é ser livre. Ainda que condicionada, a liberdade é um elemento constitutivo da pessoa. Os condicionalismos não podem ser vistos como limites, antes como um espaço em que o ser humano se situa para exercer a sua autonomia.

4º Abertura - A singualaridade da pessoa não invalida o seu constante dia´logo com os outros. A pessoa é um ser aberto, tendo a possibilidade de sair de si em direcção ao outro, de adoptar as suas perspectivas e comungar os seus pontos de vista. Os outros não são um entrave relativamente ao eu, mas uma posssibilidade de crescimento.

5º Proximidade - A pessoa estabelece com os outros indivíduos um vínculo de proximidade, sentindo-se solidária e manifestando-lhe simpatia e amizade. Sendo solidária, a pessoa irmana-se, dá-se aos outros.

6º Compromisso - A identidade da pessoa forma-se pelas convicções que tem, pelos deveres que assume e pelas promessas partilhadas e em que investe a sua liberdade.

7º Crítica - A pessoa dispõe de uma dimensão crítica com que avalia os mais diversos aspectos da vida, procurando transformá-la de acordo com aquilo em que acredita." In Um outro olhar sobre o mundo, Manual de Filosofia  10º ano.

domingo, 8 de março de 2009

T.P.C - O dilema moral do João e do Paulo


1º "O João, um cientista em viagem pela América do Sul, chega a uma pequena aldeia em que está prestes a ocorrer uma execução pública. O Pedro, um militar, reuniu vinte índios e prepara-se para ordenar a sua execução. Explica a João que esses vinte índios não são criminosos: são pessoas inocentes escolhidas ao acaso entre os habitantes da aldeia. O Pedro pretende executá-las para aterrorizar a população da aldeia, que tem protestado contra o Governo. O João mostra-se desconfortável perante uma tal injustiça. Ao aperceber-se do seu desconforto, o Pedro faz-lhe uma proposta: se o João estiver disposto a matar com as suas próprias mãos um dos índios, ele deixará os outros dezanove partir em liberdade. É claro que, se o João recusar esta proposta, tudo decorrerá como estava previsto e os vinte índios serão executados.” ALMEIDA, AIRES DE, E OUTROS, A Arte de pensar, Volume 1 Filosofia 10º ano, Lisboa, Didáctica Editora, 2005, página 131.
Deverá o João aceitar a proposta de Pedro?

2º “O Paulo é um cirurgião que está prestes a operar a Maria, que tem uma doença muito grave. Se ele fizer a operação A, a Maria ficará completamente curada. Isso desde que ela sobreviva à própria operação … Infelizmente, só 10% dos pacientes sobrevivem a este tipo de operação. Mas o Paulo pode optar pela operação B, que é bastante mais segura: as estatísticas mostram que 90% dos pacientes sobrevivem a uma operação deste tipo. Se ele optar pela operação B, a Maria não ficará completamente curada, mas poderá ter uma vida normal – só terá de tomar alguns comprimidos regularmente. O Paulo opta pela operação A. A Maria tem a sorte de sobreviver e fica completamente curada.” ALMEIDA, AIRES DE, E OUTROS, A Arte de pensar, Volume 1 Filosofia 10º ano, Lisboa, Didáctica Editora, 2005, página 132.

Como avaliaria um utilitarista a conduta de Paulo? Diria ele que o Paulo agiu bem porque, afinal, curou completamente a Maria?