sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A Filosofia como inquietação

Imagem retirada da net

"Todos os livros têm, à sua maneira, uma história. E este não escapa à regra. Simbiose possível de uma necessidade profissional e de um gosto pessoal, cujas origens remontam aos finais da década de sessenta, é o resultado concreto de uma paradoxal "desilusão". Desilusão de alguém que chegou à Filosofia quase por acaso, que nela julgava encontrar respostas para a inquietação adolescente e que descobriu afinal ser ela o "local" possível para o ilimitado suceder das Interrogações. É a descoberta de que a Filosofia é um Universo sem fim, uma maneira de estar no mundo que se opõe à acomodação e à "autosatisfação", uma compreensão ampla daquilo que nos rodeia, um pensamento intranquilo, uma segura insegurança. E é também não se sentir frustrado, por ser assim, recusando a Torre de Marfim de um contentamento medíocre, de uma explicação "atamancada" à pressa, de um abrigo eficaz sob as saias de um pensador ou "sistema" em Moda... É a procura do Quem somos?", "Donde vimos?", 'Para onde vamos?", "Que faremos?", "Que é o mundo que nos rodeia?", "Qual o sentido e o porquê?", conscientes de que a Resposta a tudo isto dificilmente se encontrará numa só "doutrina", numa só "ciência" ou numa só "pessoa". "
Levi Malho, Sob o Signo de Orfeu


1. Porque motivo podemos afirmar que a Filosofia é um pensamento intranquilo, uma segura "insegurança"?


2. O texto refere que a resposta às questões formuladas pela Filosofia dificilmente se encontrará numa só "doutrina", numa só "ciência" ou numa só "pessoa". Justifique por palavras suas a convicção do autor.

(Ficha retirada do site Netprof)

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