quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Compatibilismo

Imagem retirada de http://www.english.ufl.edu/

A posição de que não há verdadeiramente conflito entre determinismo e livre-arbítrio — que o livre-arbítrio e o determinismo são compatíveis — é conhecida como compatibilismo.
O compatibilismo foi defendido por alguns filósofos antigos e talvez também por Aristóteles, segundo alguns investigadores, mas popularizou-se durante o século XVII. Filósofos influentes da idade moderna como Thomas Hobbes, John Locke, David Hume e John Stuart Mill foram compatibilistas. Encaravam o compatibilismo como a via de reconciliação entre a experiência vulgar da liberdade e a visão científica do universo e dos seres humanos. O compatibilismo continua popular entre os filósofos e cientistas actuais por razões parecidas. Se os compatibilistas estão certos, podemos ser livres e determinados, e não precisamos de nos preocupar com a possibilidade de a ciência futura vir a destruir a nossa convicção comum de que somos agentes livres e responsáveis.

Assim, compatibilismo ou determinismo moderado, aceita o determinismo no mundo natural, mas defende que existe um espaço para a liberdade e para a responsabilidades humanas. Mesmo que as nossas acções sejam causadas, podemos sempre agir de outro modo, se assim o escolhermos. Isto é suficiente para podermos ser responsabilizados e/ou culpabilizados por uma acção inaceitável. Nesta perspectiva, considera-se , por exemplo, que quando uma pessoa decide levantar o braço para acenar a alguém conhecido, esse levantar do braço é totalmente determinado por causas neurofisiológicas; ou seja, existem causas e mecanismos nervosos que determinam o levantar do braço. Todavia, o indivíduo não foi forçado a levantá-lo, isto é, era também possível não levantar o braço.

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