domingo, 8 de março de 2009

As éticas deontológicas /consequencialistas (utilitarismo)

A distinção entre as éticas deontológicas e consequencialistas:

1ª questão – O que torna as nossas acções certas ou erradas?

Utilitarismo – O que torna as nossas acções certas ou erradas são apenas as consequências das nossas acções, elas são-no apenas em virtude de promoverem imparcialmente o bem estar.
Deontologista – Para esta teoria nem só as consequências das nossas acções as tornam certas ou erradas. Muitas acções são intrinsecamente erradas. Todos temos que respeitar certos deveres que proíbem a realização dessas acções. Kant defende que os nossos deveres resultam de um princípio moral fundamental – O Imperativo Categórico. Para este filósofo, certos deveres, como o de não mentir, são absolutos, de tal maneira, que alguns tipos de actos nunca podem ser realizados, seja quais forem as consequências. Há regras morais que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias possíveis.

2ª questão – Quando é que as nossas acções são certas ou erradas?

Utilitarismo – Para esta teoria uma acção é certa apenas quando máxima o bem-estar, ou seja, quando promove tanto quanto possível o bem-estar. Qualquer acção que não o maximize é errada. Para os utilitaristas, a única obrigação moral básica é promover o bem-estar. O que importa são os efeitos das acções, as suas consequências e necessariamente o bem-colectivo.
Deontologista – Uma acção é errada quando com ela infringimos intencionalmente algum dos deveres. Qualquer acção eu não seja contraria a esses deveres não tem nada de errado. A ética exige primariamente que evitemos realizar certos tipos de actos, considerados intrinsecamente errados.

Argumentos dos deontologistas contra o utilitarismo:

Que o utilitarismo nos obriga a realizar certos actos que não são moralmente obrigatórios. É uma teoria moral demasiado exigente.
Que o utilitarismo permite ou consente certos actos que não moralmente permissíveis. É uma teoria moral de demasiado permissiva.

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